Eleitores de baixa escolaridade costumam ser decisivos


Do total de 4.768.457 de eleitores paraenses aptos a votar nas eleições de outubro, 57,7% têm baixa escolaridade - eles não completaram o primeiro grau ou sabem apenas ler e escrever. O quadro é ainda mais alarmante quando somados os 8,11% de eleitores analfabetos do Estado. No geral, são 3.142.187 eleitores nessas condições. Os dados foram divulgados ontem pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que mostrou a evolução do eleitorado brasileiro desde julho de 2006. Em todo o Brasil, o eleitorado aumentou 7,8%, saindo de pouco mais de 125 milhões para 135.804.443. Já no Pará esse crescimento foi de 14%, cerca de 610 mil pessoas a mais.

Entre o eleitorado analfabeto, houve um aumento de 19 mil pessoas no território paraense. Os homens representam 52,7% desse grupo, com 203.942 eleitores. Enquanto isso, as mulheres são 182.511. Em relação aos eleitores que só sabem ler e escrever ou que não completaram o ensino fundamental, essa expansão foi de 200 mil. Novamente, os eleitores masculinos são maioria. São 53,1% dos 2.755.353. Essa proporção de pessoas com baixa escolaridade só é superada pelo Piauí, cuja percentagem é de 58,6%, e da Paraíba, com 57,8%. Considerando-se a soma com os eleitores iletrados, o Pará tem o quinto eleitorado mais mal instruído do Brasil.

Os índices de baixa instrução do eleitorado dos estados da região Norte só continuam sendo superados pelo do Nordeste. No entanto, essa diferença diminuiu substancialmente em relação à última eleição presidencial. Os nortistas só estão um ponto atrás dos nordestinos quanto à proporção de eleitores com baixa escolaridade (54,4% e 55,4%). Quanto ao número de analfabetos votantes, a diferença se manteve. Com 12% de analfabetos, a região Nordeste continua quatro pontos percentuais à frente. Em ambas as análises, o Pará responde sozinho por praticamente metade de todo o eleitorado da região Norte.

Ao mesmo tempo em que o Pará mantém altos os índices de eleitores sem estudo, o Estado ainda amarga um dos menores registros de votantes com nível superior. Dos mais de 4,7 milhões de pessoas aptas a votar no Estado, somente 3% delas chegaram ao ensino superior. Destas, 1,71% são diplomados. A margem só é inferior ao do Maranhão, cuja marca de eleitores que concluíram ao menos uma faculdade é de 1,08%. Por todo o Estado do Pará, o número de eleitores com graduação é de apenas 81.571. As eleitoras são as que mais aparecem nesse rol, com 57,2%. São 46.732 contra 34.791 da população masculina votante com graduação. Entre os que possuem superior incompleto, o número de mulheres é de 35.587, enquanto de homens é de 29.734.

Idade e sexo - O Pará está no grupo dos cinco únicos estados que não têm maioria feminina no seu eleitorado. Mas ao contrário de Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Tocantins, é o que está mais próximo de deixá-los sozinhos. A proporção atual é de 50,02% eleitores masculinos contra 49,92%. Em números, a diferença é de apenas 4,5 mil (são 2.384.953 homens e 2.380.384 mulheres. Em julho de 2006, essa diferença era de 14,1 mil.

A maior parte das pessoas que irá as urnas em outubro escolher os representantes paraenses e o novo presidente de República terá entre 25 e 34 anos. É a maior fatia entre as faixa etárias: 1.289.785 eleitores. Representa 27,05% do eleitorado, praticamente divido igualmente entre os dois sexos.




Fonte: ORM

0 comentários:

 
© 2009 Template feito por Sonic Artes